Os sinais de uma cultura no vermelho
Valor Econômico, por João Bernardo Caldeira, em 1º/4/2011
POLÍTICA CULTURAL: Com dívidas e cortes, MinC reconhece que 2011 será ano apertado e cancela fundos setoriais.
João Bernardo Caldeira
Enquanto a polêmica em torno da reforma dos Direitos Autorais tomou os holofotes nos primeiros meses de Ana de Hollanda à frente do Ministério da Cultura, paulatinamente a saúde financeira da pasta chama a atenção como preocupação da nova administração. De um inédito orçamento estipulado em R$ 2,1 bilhões pela Lei Orçamentária de 2011, houve redução de R$ 766 milhões em razão de veto presidencial e contingenciamento. Para completar, de acordo com o secretário-executivo do MinC, Vitor Ortiz, os restos a pagar deixados pela gestão anterior somam R$ 450 milhões. "Será um ano apertado, de organização da casa, ajustes e avaliação dos programas e processos futuros", afirma Ortiz. "Em um ano difícil como esse, estamos orientando nossos secretários a realizar planejamentos a longo prazo, pensando nos próximos quatro anos."
De passagem por Salvador, no mês passado, a ministra responsabilizou a gestão anterior pela quantidade de débitos existente do Programa Pontos de Cultura, estimada em cerca de R$ 60 milhões. Entre convênios, editais e premiações, figuram pendências de quase um ano atrás. "Sabemos que esta gestão acabou de chegar, mas temos um afã por respostas porque desde maio compromissos firmados com oPrograma estão atrasados", diz Patricia Ferraz, secretária- executiva do Pontão de Articulação da Comissão Nacional de Pontos de Cultura.
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