Reuniões da regional nordeste acontecem em oito estados para elaboração coletiva de um edital de circulação musical
A Representação Regional Nordeste do Ministério da Cultura – RRNE/MinC, está em ‘despacho especial itinerante’ e na tarde da sexta-feira (01/07), aportou em Natal para se reunir com membros da cadeia produtiva da música do Estado, o encontro aconteceu no prédio histórico do Instituto Federal do Rio Grande do Norte - IFRN, na Cidade Alta. Com um esboço de edital de circulação musical para a Região, Fábio Lima, chefe da RRNE/MinC, busca apoio e sugestões para viabilizar a proposta de um edital de grande porte que fará circular a produção musical nordestina, com realização prevista para o final do primeiro semestre de 2012. Para tanto, Reinaldo Freire, o Naldinho, músico e representante para o Nordeste da Fundação Nacional de Arte – FUNARTE, endossa a ideia e acompanha Fábio nessa construção conjunta com a cadeia produtiva da música nos oito estados representados pela Regional. O edital pretende ser diversificado e contemplar o rico mosaico cultural de ritmos e estilos do Nordeste, colocando artistas de estados diferentes no mesmo palco, numa integração entre público e cidades gerando oportunidades de negócios.
Segundo Fábio, a política existente de editais está funcionando a contento, atendendo a demanda de produção. Porém, a circulação de músicos e grupos ainda é um gargalo. “Nós não temos no MinC projetos nesse sentido, regionalizados. Temos o Pixinguinha, mas é mais restrito, por ser uma circulação nacional, maior”, afirma. Naldinho foi convidado para integrar o grupo que está gestando a ideia. “A proposta atual é contemplar oito músicos/grupos, com dois concertos por estado: um na capital e outro no interior. Integrando os oito estados nordestino numa teia de circulação da produção local. Inicialmente a Bahia não está incluída, por ter uma Representação própria, mas, não excluímos a possibilidade de negociarmos sua entrada”, diz Naldinho.
Uma ação interessante na proposta do edital é a contrapartida dos aprovados, que devem realizar rodadas de conversas, workshops e/ou oficinas com o público e os artistas dos locais aonde irão se apresentar, proporcionando também a circulação de ideias e vivências.
Uma ação interessante na proposta do edital é a contrapartida dos aprovados, que devem realizar rodadas de conversas, workshops e/ou oficinas com o público e os artistas dos locais aonde irão se apresentar, proporcionando também a circulação de ideias e vivências.
Fábio Lima Foto Maíra Brandão |
Serão 64 músicos/grupos contemplados pelo edital, oito estados integrados em 128 apresentações. O esboço do projeto delineia R$ 4.000,00 brutos de cachê para cada contemplado, as despesas gerais somadas resultarão em R$ 64.000,00 por estado. A pequena comitiva vinha de uma reunião similar com representantes da cadeia produtiva da música e gestores públicos em João Pessoa-PB, precedida por outro encontro em Recife-PE. Fábio e Naldinho relataram que Pernambuco apoiou o projeto, deu sugestões de acréscimos e não discutiu cachê, enquanto a Paraíba, que também apoio a iniciativa e discutiu com ativismo, reservou 30 minutos debatendo sobre os valores a serem pagos aos artistas.
Já o Rio Grande do Norte, representado pela Rede Potiguar de Música – RPM, Fórum Permanente de Música – FPM/RN, Sindicato dos Músicos – SINDIMUSI-RN, Fundação José Augusto – FJA, Fundação Cultural Capitania das Artes – FUNCARTE e a sociedade civil, mostrou-se preocupado com questões de logística, qualidade técnica e de conteúdo e critérios de seleção. Opinou e defendeu mecanismos de garantias de realização exequível, dando pleno apoio à proposta.
Já o Rio Grande do Norte, representado pela Rede Potiguar de Música – RPM, Fórum Permanente de Música – FPM/RN, Sindicato dos Músicos – SINDIMUSI-RN, Fundação José Augusto – FJA, Fundação Cultural Capitania das Artes – FUNCARTE e a sociedade civil, mostrou-se preocupado com questões de logística, qualidade técnica e de conteúdo e critérios de seleção. Opinou e defendeu mecanismos de garantias de realização exequível, dando pleno apoio à proposta.
De acordo com os gestores, para assegurar a realização com qualidade técnica e artística pensou-se em parcerias/contrapartidas de ação com os governos estaduais e municipais. As atribuições foram divididas: assessoria de imprensa, produção do registro audiovisual, cachês e transporte inter-estaduais, a cargo do MinC e cada estado e município compartilham a responsabilidade pela produção local, equipamentos de som e luz, local de realização do evento, hospedagem, alimentação e traslado estadual e nos municípios.
Em relação às contrapartidas estaduais e municipais, Francisco Marinho, gestor para a área de música da FJA, propôs que fossem absorvidas unicamente pelo estado, visto que são relativamente pequenas e a negociação com dois municípios poderia resultar em entraves por questões políticas, evitando desgastes desnecessários.
A proposta é dialogar e elaborar um edital participativo |
Uma das maiores preocupações é com as formatações de shows, que são diferentes para um palco aberto e para um palco fechado, diferença que pode ser sentida e interferir na qualidade das apresentações. Outra questão que preocupou os presentes foi o tempo em turnê, são 36 dias na estrada que, na proposta inicial do MinC, seria de ‘tempo corrido’, mas, após discutida na reunião potiguar, foi anotada a opção de ser dividida em 12 finais de semana. Os músicos alegaram que a primeira opção é impraticável porque a maioria, infelizmente, não tem na música a única fonte de renda e para esses a chance de concorrerem estaria eliminada, com o agravante de uma possível baixa qualitativa do projeto.
Segundo Fabio, o aporte financeiro que será captado margeia os R$ 7 milhões: “Essa é a segunda parte do projeto, a mais difícil, onde vamos buscar o financiamento”. A etapa RN foi concluída e o Estado levará à Pernambuco dois representantes para o 21º Festival de Inverno de Garanhuns, o FIG, que acontece na cidade de Garanhuns-PE, onde estará montada uma mini Representação Regional do MinC. No dia 22 de julho, dentro da programação do Festival, acontecerá uma reunirão com os representantes do segmento musical e gestores de oito estados nordestinos para trocar ideias sobre o edital, baseado nos diálogos feitos durante os meses de junho e julho.
A atividade contará também com um painel expositivo para esclarecer e apresentar as sugestões coletadas. Após o encontro, um grupo de trabalho será formado para a conclusão do projeto de intercâmbio musical do Nordeste. Na ocasião, também entrarão em pauta outros assuntos pertinentes como a reorganização da lista representativa da Rede Música Nordeste, retro-alimentada pelas discussões nacionais e estaduais.
A atividade contará também com um painel expositivo para esclarecer e apresentar as sugestões coletadas. Após o encontro, um grupo de trabalho será formado para a conclusão do projeto de intercâmbio musical do Nordeste. Na ocasião, também entrarão em pauta outros assuntos pertinentes como a reorganização da lista representativa da Rede Música Nordeste, retro-alimentada pelas discussões nacionais e estaduais.
É isso aí! nossa música precisa circular pra manter-se viva, influenciar e ser influenciada,ser vista e discutida,ser odiada ou amada, porém ter o direito de "ser"
ResponderExcluirParabéns ao Minc e aos meus amigos e companheiros da Rede Potiguar de Música.
a rede está comigo em Sampa!
viva o Elefanteeeeee!
Júlio Lima
Valeu Julinho!
ResponderExcluirSucesso nessa passagem do Elefante pela Terra da Garoa, estamos juntos nessa luta diária pela valorização e reconhecimento da riqueza artística do que é produzido nas Terras de Poti.
Grande abraço,
Bruna Mara Wanderley