♪♫ Como foi? Lançamento da Rede Potiguar de Música

ESTREIA DE GENTE GRANDE
Rede Potiguar de Música promove lançamento com Casa da Ribeira lotada

Oito grupos no palco, personalidades da música e da cultura nos ambientes da aconchegante Casa da Ribeira e a vontade de criar uma revolução interna e pessoal em prol do todo. Esse era o clima na noite de ontem no lançamento da Rede Potiguar de Música que movimentou a Ribeira com ótimas apresentações.

As apresentações começaram cedo com Os Poetas Elétricos começando a tocar antes das 18h30. Logo um ótimo público se formou a frente da banda para presenciar o duo Carito/EduGomez. A banda desfilou palavras, acordes e performance para dar início a programação. Belo início, diga-se de passagem.

A dinâmica dos shows era bem interessante, um palco menor no café da casa e shows do lado de dentro. Com o teatro lotado o Camarones Orquestra Guitarrística provou porque hoje é uma das bandas que mais se apresenta fora do estado dentre as que estavam na programação. Com um rock instrumental poderoso e sedutor o grupo arrancou elogios e junto com Júlio Lima foram as revelações da noite. Sábado tem lançamento do cd do quinteto também na Casa da Ribeira. Recomendo.

Clara e a Noite deram continuidade as apresentações, todas praticamente autorais, o que reforça ainda mais a idéia da Rede. Acompanhada de violões e teclado Clara mostrou uma voz forte e boas composições. Antes do show de Carlos Zens, uma fala de Esso Alencar e do diretor do Sebrae deram o tom do que é o trabalho da Rede Potiguar de Música.

Carlos Zens mostrou sua fluidez tradicional na curta apresentação. Aproveitou o espaço para falar da importância do momento e da alegria de participar de tudo. Acompanhado de um guitarrista, Júlio Lima subiu ao palco do café da casa mostrando que seu disco de MPB esconde um roqueiro ainda mais poderoso. No estilo “Lenine Rock” de se apresentar o homem quebrou tudo e saiu aclamado da apresentação.

Pádua seguiu mostrando o quanto a música potiguar tem a oferecer numa impressionante mistura de técnica, execução e excelentes composições. Hoje Pádua talvez seja o artista mais inventivo da sua geração e um nome que teria mercado em qualquer palco do estilo fora das linhas do estado.

Esso Alencar encerrou o palco de cima com seu trabalho calmo, contemplativo e bonito e o SeuZé, com a Casa da Ribeira ainda cheia, deu mostras do seu mais novo trabalho encerrando a programação da festança.

O saldo é positivo, a Rede Potiguar de Música começa imprimindo um ritmo novo para quem quer trabalhar na área e os frutos já começam a serem colhidos mesmo nesta fase embrionária do projeto. A fase de reclamar acabou, agora é botar a mão na massa e trabalhar. Fica até de exemplo pros órgãos de cultura do governo como se faz. O caminho é esse!

* Fonte: DoSol - 5/mai/2010
Texto: Thiago Maikel
Foto: Pablo Pinheiro

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