♪♫ Rede Potiguar de Música integra artistas do RN

SeuZé
Mais que um coletivo de artistas e produtores, a Rede Potiguar de Música é uma cooperativa empenhada no aperfeiçoamento do cenário musical local.

Música é coisa séria, portanto, precisa ser tratada como tal. O mito de que apenas o talento tem poder de influenciar no sucesso de um artista já caiu por terra e, atualmente, a classe está ciente de que precisa se especializar cada vez mais para tornar seu produto competitivo e conseguir alguma posição de destaque, seja em âmbito local ou nacional. Iniciativas como a Rede Potiguar de Música (RPM) ilustram bem esta preocupação.

Surgida em novembro do ano passado, a RPM foi idealizada após a participação dos artistas potiguares Carlos Zens e Esso na Feira de Música em Recife, promovida pelo Ministério da Cultura. Lá eles constataram que, diferente de outros estados, o Rio Grande do Norte estava atrasado no que diz respeito ao processo de produção musical. Desde então, a ideia de uma rede de articulação entre artistas, produtores, jornalistas e interessados em torno do debate acerca da cadeia produtiva da música no estado foi se confirmando como uma necessidade.

Mais que um coletivo de artistas e produtores, a Rede Potiguar de Música é uma cooperativa empenhada no aperfeiçoamento do cenário musical local, por meio do debate de temas que englobam desde a circulação de artistas no estado até o domínio de ferramentas que complementam a atividade musical, como o myspace. De acordo com o integrante da rede, o jornalista Yuno Silva, o projeto não vem para “reclamar” soluções, e sim para sugerir saídas.

“A ideia é fortalecer a cena através da qualificação, além de promover a circulação dos artistas pelo estado. Por exemplo, queremos facilitar a vinda de bandas do interior para a capital e vice versa. Além disso, estamos trabalhando no mapeamento dos artistas e bandas do estado, a fim de formar um cadastro especializado voltado para o campo dos negócios. Depois deste primeiro momento de estruturação local, passaremos a pensar em âmbito nacional”, disse.

Todas as ações da RPM são discutidas nas reuniões, que são abertas ao público e ocorrem sempre na primeira segunda-feira de cada mês, no auditório do Sebrae – parceiro da iniciativa. Nestes encontros também são debatidos os cinco grupos de trabalhos da rede: Comunicação e Marketing; Legislativo e Políticas Públicas; Circulação e Eventos; Formação e Capacitação; Manifesto Pacífico. “Atualmente conseguimos reunir uma média de 50 pessoas em cada reunião”, disse o jornalista.

Outro ponto interessante proposto pela RPM é a discussão, junto às instituições públicas de fomento à cultura, sobre variadas temáticas e, entre elas, os famosos editais de apoio aos artistas. “Queremos contribuir para melhorar o diálogo entre o poder público e a classe artística. No que diz respeito à questão dos editais, temos planos de ajudar na melhoria dos já existentes e propor novos, como o de circulação, que ajudaria as bandas a custear o translado para apresentações longe de suas cidades”, afirmou.

Interessados em integrar a Rede Potiguar de Música podem fazer o cadastro pelo site: www.redepotiguardemusica.blogspot.com.

Lançamento

O lançamento oficial da Rede Potiguar (RPM) de música está marcado para terça-feira (4), a partir das 18h, na Casa da Ribeira. O evento é aberto ao público e vai contar com apresentações musicais de algumas bandas já associadas à rede, como Poetas Elétricos, Camarones Orquestra Guitarrística, Seu Zé, Clara e a Noite, Carlos Zens, Júlio Lima e Pádua.

* Fonte: Nominuto.com - 03/mai/2010
Repórter: Débora Ramos

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